Falo-te hoje sobre os teus olhos.
Analiso-te com o intuito de compreender a mocidade não levada pela maturidade.
Não os seus olhos de ressaca, mas sim a marola breve que deságua em um futuro oceano, desconhecido de si próprio.
Posto diante de si mesmo desejaria pelo menos uma vez, em seu tempo breve, a vontade de deparar-se contigo mesmo, de fora para dentro.
E percebe-se o quão dilaceradamente belo você se comporta diante de mim, e eu (com a mesma reação) diante de ti.
Invadindo os meus olhos com a sua marola e assim, como o caos que tarda sobre a santa fé, insinuo as minhas pálpebras a descansarem e dormirem, com a tua imagem impregnada em minhas entranhas.
E descanso em paz, sobre o teu mar.
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