Não sei mais me equilibrar. Isso é claro. Perto de você então sufoco-me na ansiedade de dar um passo para frente, ou um passo para trás. Não consigo mais deixar meu corpo erecto, minha coluna ajustada, minha respiração continuamente ritmada.
Desde a sua aparição possuo um medo continuo de dizer certas palavras, de fazer certas ações. Desde que me lembro como gente, sou nova demais para temer ser sincera com a minha espécie.
Mas o ser humano me amedronta intensamente, e perto de você esse medo fica potencializado. Também não apenas o medo, mas essa dualidade e esse hibridismo que você me trás: hora bom, hora ruim. Hora te sinto, hora não te quero. Hora me apego, hora te odeio. Hora saudade, hora individualmente, e só.
Imagino apenas, a todo momento, uma imagem de mãos se entrelaçando. Abro minhas mãos dentro do escuro, sinto o escuro segurando em minha mão. Sinto o vento segurando em minha mão, o sol, a água, a areia. E depois sinto você. E o sentente a cada momento foi-se igualando. Cada vez mais a água se tornava mais areia, e o sol se tornava mais vento, você se tornava mais escuro e mais claro. O entrelaço era muito mais pela presença do que pela matéria.
Você já foi o meu sol, a minha água, o meu vento, a minha areia, a minha outra mão, e até mesmo você.
Porque toda essa disritmia me tortura graças a esse meu medo do entrelaço de nós dois. Porque sempre quando caio em mim que você é uma parte grande do que tem segurado as minhas mãos, percebo a quantidade de sensação de completude que você tem me dado.
eu ainda quero um livro seu na minha prateleira de livros (tá, eu não tenho uma pra-te-lei-ra, mas você entendeu)
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